Todas nós temos as nossas "receitas milagrosas" para perder peso, o que não sabemos é que muitas delas são completamente ineficazes, não nos trazem benefício algum e, quando muito, são-nos prejudiciais à saúde. Ao longo de vários capítulos vou criar um manual de instruções, dicas e estratégias baseado em estudos e pareceres de especialistas das áreas da saúde, da nutrição e do fitness, que nos ajudem a adoptar um estilo de vida saudável e nos proporcione o tão desejado corpo em forma.
Neste primeiro capítulo vou desmistificar o uso de suplementos para perder peso. Emagrecem sim, mas a nossa carteira! A maioria é cara, utiliza substâncias cujos efeitos nem sempre foram comprovados ou que, em elevadas concentrações, podem ser perigosas para a saúde como é o caso dos estimulantes que elevam o ritmo cardíaco.
"Queime gordura e tonifique o corpo comendo o que quiser!". Quem já não foi atraída por propostas sedutoras que apontam diretamente à insegurança de quem se sente acima do peso desejado? O conselho que os especialistas deixam é que desconfies dos produtos ou dietas que prometam uma perda de peso fácil e sem esforço, exibam fórmulas milagrosas ou ingredientes secretos, afirmem ser seguros por conterem substâncias naturais ou que incluam histórias não documentadas de consumidores ou médicos reclamando resultados fantásticos.
Num recente estudo publicado pela revista Teste Saúde da DECO Proteste (Defesa do Consumidor) foram analisados 20 produtos que anunciavam favorecer a perda de peso selecionados em super e hipermercados, parafarmácias e lojas de estética. Em termos gerais concluiu-se que os drenantes ou diuréticos e os laxantes diminuem o peso à custa de perda de água e fezes e não de massa gorda como seria o desejado sendo prejudicial tomar ambos sem prescrição médica. Certos produtos anunciavam substâncias estimulantes presentes por exemplo no café ou no guaraná como queima-gorduras e os estudos mostraram que seria necessária uma grande quantidade destas substâncias para garantir uma subida metabólica que permitisse perder peso e, nesse nível, já teria elevado o ritmo cardíaco de forma perigosa.
A popularidade destes produtos deve-se ao desejo de obter resultados rápidos com pouco esforço e acreditando estar a adoptar rotinas saudáveis damos por nós a comprar produtos que não surtem o efeito anunciado e que, em função das concentrações de certas substâncias, podem implicar riscos à nossa saúde. Em todo o caso, nenhum suplemento substitui uma dieta equilibrada e exercício físico regular. Para emagrecer, a melhor estratégia é adaptar a alimentação, reduzindo o aporte calórico sem comprometer a variedade e o equilibrio aliando a estas medidas a prática de actividade física.
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